Júnior (entre o cunhado, a irmã e a esposa): comprando votos para Ceiça.
O
jovem comerciário Etevaldo Câmara Lisboa Júnior, irmão da terapeuta ocupacional
Conceição de Maria, candidata do Dem à prefeitura de Caiçara do Rio do Vento na
eleição extraordinária deste domingo, 7, hoje, foi flagrado esta madrugada
comprando votos, evadiu-se para evitar o flagrante e foi terminar no posto da
Polícia Rodoviária Federal de Lajes.
Casado
com Raíza, filha do jurista “of-law” Paulo Bernardo de Andrade Júnior, o “Júnior
Bernardo”, ex-prefeito de Riachuelo, Júlio de Etevaldo, como o rapaz é mais
conhecido em Caiçara, era o pagador de votos que seqüenciava os contatos
mantidos por corretores mobilizados por sua irmã Ceiça.
O GRANDE PAGADOR
A
gênese da prisão de Júnior de Etevaldo teve início quando adversários de sua
família flagraram um dos negociadores, o vereador Sebastião Hiran da Costa
(PSDB), conhecido em Caiçara como “Tião Galinha” e no Centro Administrativo do
governo do Estado, em Natal, como íntimo colaborador da governadora Rosalba
Ciarlini, em plena atividade de compra de votos, e conseguiram que a polícia o
prendesse, mesmo suspeitando que daí a pouco a chefe do executivo potiguar
mandasse soltá-lo à revelia da justiça eleitoral.
Mesmo
antes de chegar ao xadrez, “Tião Galinha” abriu o jogo e deu as dicas de onde
encontrariam Júnior de Etevaldo num automóvel cheio de dinheiro para lastrear
algumas compras de votos almejadas por sua família. Segundo “Tião Galinha”, o grosso
do dinheiro reunido pela família Lisboa para a compra de votos havia sido
fornecido por Júnior Bernardo, que, além de sogro, é também patrão de Júnior de
Etevaldo.
FUGA PARA LAJES
Sem
que a polícia se interessasse por procurá-lo, militantes do PMDB foram atrás e pegaram
Júnior de Etevaldo em flagrante.
Ao
ver-se descoberto, porém, ele fugiu em direção a Lajes, distante 28 quilômetros
de Caiçara do Rio do Vento, num automóvel Ford Cobalt branco pertencente à irmã
candidata a prefeito.
Vendo
que o rapaz fugia, levando consigo dois comparsas que lhe davam segurança, dois
adversários o seguiram até Lajes numa picape. Chegando aos limites da cidade,
Júnior de Etevaldo demandou ao posto da polícia rodoviária federal e denunciou
os perseguidores, dizendo que estavam tentando matá-lo.
Os
tripulantes da picape explicaram ao único polocial rodoviário federal presente
ao posto que perseguiam o Cobalt branco por causa do flagrante. Como estava só
e não encontrava meio de atrair colegas para o ajudarem, o patrulheiro
rodoviário liberou os dois grupos.
Sempre
seguindo o Cobalt e tentando contato com a polícia federal, os tripulantes da
caminhonete chegaram até à fazenda da família Lisboa, pertinho de Caiçara do
Rio do Vento, e passaram o resto da noite em campana, evitando que Júnior e seus
acompanhanetes voltassem a tentar comprar votos.
Postado às 08h46m de domingo 130407.
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